quarta-feira, 15 de junho de 2011

Leôncio Basbaum

Olá!!

Compartilho com vocês agora, a teoria de Basbaum, um texto que estudei de Sociologia.

Para os que se identificam neste atual quadro, serve para reflexão. Será que vale a pena?

Deixo um abraço e digo.. vida muda!



 O Conceito de Alienação

O Homem está alienado quando deixa de ser seu próprio objeto para se tornar objeto do outro.
 Deixa de ser algo para si mesmo. Sua vontade é assim a vontade do outro: ele é coisificado. Deixa de ser homem criatura consciente e capaz de tomar decisões, para se tornar coisa, objeto.

Não é o homem que produz, é a máquina. O Homem limita-se a fazê-la funcionar.
À medida que reduz o esforço físico do homem, mais reduz a sua participação e, em consequência, mais reduz sua intervenção consciente no trabalho. A Máquina moderna dispensa a inteligência e a consciência humana, e o anula como homem. Este se torna uma peça de engrenagem casa vez mais insignificante.

Não é mais um homem com capacidade de pensar, agir, tomar decisões. É apenas uma peça de engrenagem que, quando gasta pelo uso, pode ser substituída.

Para o dono da máquina, ele não passa disso mesmo: uma peça da máquina que deve ser lubrificada diariamente(como concessão dos finais de semana, 13º, férias etc.).
Não, é claro, com os mesmos cuidados, pois a máquina custa dinheiro enquanto o homem nada custa: se adoece ou morre, é facilmente substituído pelo exercito industrial de reserva, a percentagem fixa de desempregados em casa nação, que impede a luta dos salários.

Assim o homem assalariado pelas circunstâncias, não mais se pertence. Como parte da máquina, pertence ao patrão. Sua atividade tornou-se inconsciente e irracional e tanto mais quanto mais se aperfeiçoa a máquina: tornou-se um objeto que nem necessita pensar. E isso vale não apenas para a fábrica mas para toda atividade humana nesse processo de mecanização crescente que é o sistema capitalista de produção: o datilógrafo diante de sua máquina de escrever, o contador diante de sua máquina de calcular.


O "amor ao trabalho" transforma-se numa expressão hipócrita e cínica, pois nada significa e não tem outro objetivo senão condicionar o homem, desumanizando-o, tirando-lhe a capacidade de optar em sua vida.
Como pode amar o trabalho um homem que passa 8 ou 10 horas por dia apertando o mesmo pedal ou o mesmo botão, ou escrevendo  "prezado Sr." mil vezes por dia? Nessas condições o trabalho torna-se realmente maldição, esse trabalho maldito.

Um comentário:

  1. Oi Isabella, que bom passar por aqui e conhecer um pouco de tudo que vc acha que é. Adorei seu texto sobre o homem, perfeito. Vou voltar para conhecer mais...beijos.

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